ALGUÉM PRECISA DE MIM
Hoje, vi alguém sentar,
sorrir e sonhar
(foi quase uma pirraça),
naquele banco da praça,
que era teu e meu.
Que saudade me deu!
Foi um sonho lindo
que agora é findo.
Não pode mais ser.
Sobrou este sofrer.
Trago teu rosto dentro d´alma
e o pensamento que acalma
é a lembrança deste amor
que no tempo ficou.
Do mais, nada restou.
As esperanças que tinhas...
nunca foram as minhas.
Tudo não passou de promessa
que acabou muito depressa.
Revelo agora, o tudo e o nada,
desta hora ou da passada,
que mesmo sem querer, sinto.
É verdade, eu não minto.
Mas, aquele nosso banco,
que agora, pintaram de branco,
não é, nem pode mais ser... Nosso.
E se chorar eu posso, vou derramar,
torcer-me e contorcer enquanto aguentar.
E quando todo este pranto acabar,
enxugo meu rosto e vou trabalhar.
O que é um banco? Alguém precisa de mim.