Eu

Cantar a minha terra

Como te guarda o meu saudoso olhar!

Sozinho, à noite,

Nas ruas desertas da velha Macau.

À luz dos nossos olhos,

Revive na memória

Tempos áureos de uma cidade

Que se perpetuou para sempre

Na nossa vida, no nosso sangue e nosso coração,

Habitando com alegria e dor

Uma saudade da nossa infância e adolescência

Vivida nessa terra abençoada por Deus

Que não volta mais.

Mas guardo com muito apreço

As imagens que nunca deve morrer

Dentro de nosso ser.

Terra onde nasci

Como um bom poeta deve fazer

Não tenho rimas precisas

Mas tenho aquele vislumbre

Aquela coisa de respirar fundo junto ao rio

Sim, rio sujo ou limpo

Mas eu amo a maré

Eu amo a maresia

O mangue

Os caranguejos,

Eu amo os búzios,

Eu amos os peixes,

Eu amo Macau.

Izan Lucena Lucena
Enviado por Izan Lucena Lucena em 12/06/2015
Reeditado em 21/05/2023
Código do texto: T5274368
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