CONFISSÃO DE UM CAMINHONEIRO
Quantas no vezes no silêncio da noite
Encontrei fantasmas
Nos cochilos em plena direção
Do meu caminhão...
Quantas noites mal dormidas
A beira da estrada
Era sim penosas caminhadas.
Eu,Deus e meu caminhão
Amigos inseparáveis
Na certeza de vencer
No meu coração muita fé.
No meu longo caminhão
O ronco do seu motor
E uma caixa de marcha
Puxando enormes toneladas.
Algumas vezes na noite
Parava para descansar
As vezes com pouco dinheiro
Ficava com medo de dormitar
Sozinho na cabine
Se na estrada pelo dia é perigo
A noite não se enxerga o inimigo.
Manhã continuava
Estrada sobre estrada
Árdua era minha jornada
pouco tempo em casa
Mais tempo pelas estradas
Dessa forma eu vivia
Muitas coisas também via
Lembranças de amigos
Que nas estradas ficaram
Hoje mais velho detalho
Que nessa vida saí de muitos atalhos
Graças a Deus!..
E hoje com a minha família
Só penso em casa tranquilo descansar.
JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ