ATRAVÉS DA VIDRAÇA

Observei-te nítida pela vidraça

Alta segura imóvel e com graça

Olhos sós e preparados para o vazio

Afagaram sonhos breves e desafios

Muitas incertezas entraram no cio

Fui um passageiro louco e com frio

Que percorreu ileso essa madrugada

Senti na minha carne a longa espera

Afagada por angústias e pela quimera

Como uma esperança abençoada e sã

Nunca pensei nela como a tristeza vã

Mas como abraço certo e consagrado

Naquela só vidraça do nosso quadro

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 27/03/2015
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