O Soneto Dos Cigarros

Dois corações num tudo surgido do nada!
Visionários! De todos os lotes de lugares-comuns...
Duma maneira espantosa e mal-educada
Os dois corações num tufo aflito! Uma espada!...

Duas bocas de dentaduras de dentes de nada!
Desesperadas! Na ilusão. A valer de vento...
Na maneira marginal das bocas desbocadas!
O Romancista colorindo o mar de tormentos

Dois cigarros e um compromisso de hora marcada.
Duas vidas. Dois ônibus... Duas horas atrasadas!
Dezembro já chegou e eu ainda não fiz nada

Dois cigarros que, fumados, não são nada!
Legado de memórias: História 'apaixonada'...
Mas dezembro já chegou! Disse o tempo na sacada.
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 23/03/2015
Reeditado em 28/04/2015
Código do texto: T5180647
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