Distante que me custam lágrimas humanas
Está um choro pretérito, o imperfeito sonho

Um dia na morte da Terra e de seus amores
Tempo que máquinas tornam-se os homens

E sento ao infinito, mantendo mais súplicas
Ao relento de ferro numa era de só desamor

Os pensamentos na última região do sonhar
Vejo ao horizonte os ventos plácidos loucos

O hoje que me custou o ontem tão distante
Um mundo das formas aombrias fica pálido

E horrores de monstros assomam próximos
Neste hprizonte falso de nuvens intranquilas

A visão que me cerca padece de ser o certo
Algo de mau me lembra da bondade antiga!

Solitária, menina que sou, vejo descaminhos
Uma estrada de temores em um véu celeste

Loucamente sou donzela, mãe, filha perdida
A Terra me canta os pesadelos com ilusões

E um passado custa só debitar suas dívidas!
Deixa-me eremita com saudades do amanhã

Homens morrem, em túmulos nesta alvorada
Homens vivem, em busca do reino moribundo

Onde estará o sentimento que cava certezas?
Onde mais procurar a verdade antiga falecida?

Sozinha sei de tudo, choro por tudo...
Me aquieto num silencio já passado...

Muito de mim agora se alimenta desaparecida
E sei de épocas que há muito me confortam...

Mas o que permanece está em ruínas torpes
O fim chegará e eu contemplarei poucos anjos

 ( pausa no respirar )   
                                             Meu amôr de sempre se cala de vez assim...
                                             Minha poesia no momento aguarda terminar...
                                             Parte de meu corpo treme numa explosão!  
                                             Parte do céu clama o campinar dos santos...
                                             Porém, já não é tempo de santos e fadas...  
      
                       
                       pensativa e tentando sorrir...
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 13/03/2015
Reeditado em 13/03/2015
Código do texto: T5168466
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