GUARDO-TE

Guardo-te amado no silêncio dos tempos mortos...

Guardo-te no canto do bem-te-vi

No voo gracioso do colibri

Guardo-te no monjolo

Nos campos de trigo

Tu foste em outros tempos meu abrigo

O laço apertado

Hoje desatado

Morremos no ontem

Morremos?

Morreste?

Morri?

Então por que a falar do passado estou aqui?

Porque às dores sobrevivi

E posso contar

Posso falar do que se passou...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 11/03/2015
Reeditado em 13/03/2015
Código do texto: T5166009
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