GUARDO-TE
Guardo-te amado no silêncio dos tempos mortos...
Guardo-te no canto do bem-te-vi
No voo gracioso do colibri
Guardo-te no monjolo
Nos campos de trigo
Tu foste em outros tempos meu abrigo
O laço apertado
Hoje desatado
Morremos no ontem
Morremos?
Morreste?
Morri?
Então por que a falar do passado estou aqui?
Porque às dores sobrevivi
E posso contar
Posso falar do que se passou...