PERDER ERA INACEITÁVEL

Uma pipa de papel

Adentra ao céu...

E se vai no véu das nuvens

Rebolando, rebolando

E o menino empinando

Sorridente, descontraído

Numa tarde de domingo

Com a linha e o seu cerol.

De repente outro menino

Bem esperto e franzino

Lança a sua arraia para o céu

Que de vento em popa

Alcança a outra pipa

Que no encontro fica

Uma bonita disputa:

Mas o menino que empinava a pipa

Conseguiu ser o vencedor

Cortando na boca de chave

Aquela linda arraia que

Voando em declínio ao chão

Tranquilamente se precipitou.

Para alegria da garotada

Que corriam atrás pelas calçadas

Em passadas largas, descompassadas

Sem atentar para o perigo:

Naquele instante só queriam brincar

De levantar pipa, periquito, arraia

Em pleno sol escaldante do verão

Misturavam o suor na disputa

E nunca pensavam em perderem

Ganhar era a palavra chave de todos

E parecia nunca terminar aquela

Disposição de brincar,brincar, até cansar de arraia, periquito, pipa, empinar e na disputa só ganhar, ganhar!...

José Antonio S. da Cruz

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 14/02/2015
Código do texto: T5136930
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