Sons das Lembranças

As trevas se dissipam nesse cenário chuvoso...

Deixando o mar revoltar-se nas pedras,

Nos nossos corações que esfriam,

Que se despedaçam em pequenos sentimentos.

Suaves demonstrações que estremecem nossa face,

E modifica suas feições...

Quando uma alma caminha pela areia fria,

As correntes tenebrosas da tempestade,

Esbarram em seus movimentos,

Revivem lembranças que não existem,

Estremecem os pilares da consciência,

Que sustentam sua loucura.

Nesse infinito sopro de mar,

Os olhos aprofundam-se em mistério,

Na ilusão e na realidade.

Era o fim ou o princípio da minha vida?

Se tanto queria que a chuva voltasse a castigar o gélido vento,

Por que ver o sol nascer?

Mas apenas esperava o semblante da noite,

Escondido nos segredos do mar,

A outra metade do dia,

Que lhe revelaria seus próprios gritos,

Que sua vida escondeu...

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 03/06/2007
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