DE MÃOS DADAS
Recordo-me as ruas
Banhadas de sombras,
Naquela tarde de verão,
Em que passeávamos.
Segurávamos as mãos...
Era tardinha, a brisa
Ainda morna, a aroma
Que ela trazia tinha o
Perfume de rosas.
Quão lindo era o cantarolá
Daqueles pássaros coloridos,
Cuja melodia enchia-nos
De alegria ao chegar-nos
Aos ouvidos!
De mãos dadas passeávamos;
Muitas promessas proferidas,
Ao vento lançadas, sobre
As nossas vidas.
Ah! que saudade teimosa:
Daquela tarde banhada
De sombras, daquela
Brisa morna, cuja aroma
Trazia perfume de rosas.