Óh lua

Ela surge à fresca
Intensa e bela
Triunfa entre folhas e galhos
Na escuridão se revela...
É luz oscilante no vasto céu da memória
Cortejá-la é sentir o cheiro...
É festa!
Tem falatório agradável
Tempo de arrastapé enluarado
Da fogueira e da sanfona
Das novenas na varanda...
Óh lua
Ouça as súplicas dolorosas
Extingue os meus anseios
São mil graças se perdendo
Numa porção de mágoas
Num não sei por quê
Óh luz prata!
Conhecedora de tantas emoções
Clareia o meu olhar
Nesse encanto verde dos cantos dos sabiás
Traz de volta o descanso
E a alegria de sonhar.
-ValPeçanha -