Eu e o Rouxinol
Café, tapioca, manteiga de garrafa...
Ah! os mimos da mamãe e os irmãos em algazarra!
Naquelas tardes distantes, rouxinol,vinhas
Cantar, feliz , na área anexa à cozinha.
Hoje, alegre ou triste, a cantares lindamente,
Devassas, com a tua melodia, a alma da gente...
Quando estou alegre, ninguém mais do que nós,
Sinto que a minh'alma canta na tua voz.
Nas tardes atuais, tu trazes a saudade...
E, disfarçando, bailas com vivacidade,
Mas sabes que transfundes a melancolia,
Agora, em mim, como o fulgor da luz do dia.
Então, como duas almas gêmeas, assim
Vivemos, tristes ou alegres, eu em ti, tu em mim...
Olhando o infinito... - singelos passarinhos -
Cantando juntos, ao sol... no mesmo ninho!...
Sobral (CE), 14 de fevereiro de 2016