ARMAZENADAS

O que eu guardo são lembranças...

Mas quem não guarda?

Têm dias que elas são as cobertas que me aquecem.

Em algumas horas elas me enrijecessem.

Têm dias que as lembranças nos fazem chorar.

Conseguem nosso coração enregelar.

Mas são lembranças.

Têm dias que elas são meus escudos na guerra da vida.

Noutros elas são as armas que me atingem o peito.

Assim eu sigo com elas.

Se às vezes são setas vivas.

Noutras são apenas e tão só borboletas mortas que a gente tem pena de enterrar...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 31/05/2007
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T508215
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