TEMPO DE CACIMBO

Esse tempo do cacimbo, frio e cinzento,

Que chegava sem avisar, tornava o dia

Triste e carregado, custoso de passar,

Parecia eterno, de nunca mais acabar.

Os batráquios passavam o dia a coaxar,

Os pássaros inquietos sempre a chilrear,

O céu enevoado encobria a pobre da lua,

Que ficava humilhada ao se mostrar nua.

Aquele tempo de cacimbo, era tormentoso,

Com ele tinha de se viver de boa harmonia,

Faz parte do clima de África, como medida

Que Deus lhe concedeu para seu tempero.

Tempo de cacimbo que deixei nessa África,

E que acabei por trazer comigo uma parte,

Que de quando em vez me tenta bloquear,

No que eu quero escrever de livre vontade.

Ruy Serrano - 01.12.2014, às 22:00 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 01/12/2014
Código do texto: T5055419
Classificação de conteúdo: seguro