O alumiar do Lampião

O alumiar do lampião
No canto, junto ao fogão
Parece que me alertava.
Pouco a respeito da vida
Muito de minha partida
Que já se aproximava.

Minha casa bem cuidada
Lá da pequena sacada
Eu vislumbrava o futuro.
Sonhava feito criança
Não perdia a esperança
de ter um porto seguro.

Minha mãe, simples mulher
Sempre sabia escolher
Entre o certo e o errado.
Meu pai, homem matuto
Honesto, rígido, astuto,
Só dava passo pensado.

No fogão de barro ao canto
Onde minha mãe, enquanto
Tentava fazer fogueira.
A lenha só crepitava
Ainda verde, ficava
Guardada na cumeeira!

Depois do café bem quente
Minha mãe pegava o pente
Para escovar meus cabelos.
Seus dedos com tal carinho
Corriam bem de mansinho
Espalhando seus desvelos.

Depois, correndo eu saía
Na brincadeira do dia
Com meus irmãos e amigos.
Pega-pega, quadradinha,
Esconderijo à tardinha
E, às vezes, até castigos!

Então, veio o crescimento
Perdida no esquecimento
Ficou a minha saudade!
Hoje o coração reclama
Extinguir do Amor a chama
E das lembranças, quem há de???
 

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Um esclarecimento aos amigos do RL:


Este Poema foi publicado hoje, porém, por um equívoco,  havia sido deletado e, por isso, estou publicando novamente. Peço desculpas, especialmente às pessoas que já havia estado aqui e deixado seus comentários, mas foi uma falha de minha parte e só agora percebi o erro.
Se puderem, leiam e comentem novamente, ok?
Grata a todos pela compreensão.
Beijos e bom final de semana a todos
Milla
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