A poesia de uma Estrela D'Alva
A minha cidade verdadeira
É uma janela interior
Que me põe de frente
para o outro.
Que testa meus limites
E me permite um espaço.
Enquanto de onde vim
Repousa numa área semiescura.
Mantendo virgem minhas origens
Meu passado
Meu estado
Minhas outras verdades
As que não conheci
Ainda.
Um lugar bucólico
Ou paisagem árida
Rica natureza
Ou atraso de vida?
Não sei
Não a conheci
Ao certo.
Só guardo o gosto da fala
Que não aprendi.
Mas que dá prazer em ouvir.
Também
Não quero imacular
Minhas expectativas
Que a mantém sacra
E poética
Distante.
Contudo um cais seguro
Onde descanso os meus desejos.
Imagem poética
Cheia de artes e encantos
A estrela D'Alva
mineira
Menina inocente
Guardada na lembrança.
E se assim
Não for mais.
Não importa!
Mesmo porque, o tempo passa.
E arrasta os cenários
Muda os personagens.
Mas não muda a memória!