Abismo da alma

Sinto-me como se fosse náufraga

Nesse final do dia, em frente ao mar

Admirando o mergulho lento do sol

Que se apaga entre as ondas

Com reflexos de cobre fulgurantes.

Um vento suave, cúmplice do espetáculo,

Sopra partículas de areia sobre mim

Como se fosse uma carícia, como um afago

Um toque trêmulo e tímido de amor,

Então ergue-se, como um véu, a lembrança.

Mas eu vivo o presente... Não conheço o futuro

Não possuo o passado de lagrimas quentes;

Queria voltar naquele tempo...

Quando acreditava nos sonhos e promessas

Mergulhar na minha infância

Quando o meu pensamento

Se dissolvia no meu ser, e o meu ser

No meu pensamento...

Luisella
Enviado por Luisella em 15/10/2014
Código do texto: T4999767
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