DOCE LEMBRANÇA
Conservo-te em mim
Algumas coisas tuas mantenho
Sem o intuito banal
Que é assim que a ti venho.
Sem fronteira
Sem herança
Num espaço livre de amar
Tu não inibe o meu sono
E fazes o frio acalmar
Minha vida se reorganiza
em tua perene lembrança
E essa máquina do tempo
Retorna o meu ser criança.
No embalo dos teus braços
No colo que me acolheu
Sentirei sempre o aconchego
Do valor dos beijos teus.
Ausência que não intimida
É tempo que não se enterra
É morte que não te roubas
É amor que não se encerra.
São chamas de doces memórias
São sonhos sempre sonhados
É o entrelace de vidas
É mundo não apagado.
Em meus atos
Eu te revelo
Meus olhos
São teus espelhos
Meus pés
Tua caminhada
Minha fé
Tua chamada.
Não me faz mal recordar
Nas lágrimas que te faz presente
No sorriso
Nas lembranças
Mãe! Nunca serás ausente.