Laços
Na edificação sagrada da nossa existência
Na metódica transformação d' alma
No crescimento de sonhos simulacros
Na aleivosidade de nossos anseios
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Restam apenas os elos... E mais nada!
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Laços que necessitamos!
Laços que abraçamos!
Laços por quais choramos!
Laços por quais memoramos!
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E restam apenas os elos... E mais nada!
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E seguimos... Corroendo-nos.
Ossos fatigados, Órgãos feridos
Dentes castigados, Orgulhos feridos
Flacidez de uma tez que jazia brilhosa
Turva é a imagem destes oculares destruídos
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E restam apenas os elos... E mais nada!
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Perfeitos admiradores e admirados
Verdadeiros colegas de tragédias
Verdadeiros bufões do regozijo
Adeptos de suas fortunas recônditas
Adeptos de suas fraquezas do âmago
Comiseramo-nos!
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Pois restam apenas os elos... E mais nada!
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E que se guarde, sem pudor
Em escaninho anônimo, eternamente secreto
Corrija-se, Contorne a aberração de teus atos
Agarre as pontas de seus elos...
Ate seus laços com força...
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Nesta vida, apenas nos restam os elos... E mais nada!