A CHUVA E A SEMENTE

Chuva fina, repentina e refrescante

Incessante, de abundante inspiração

Molha o chão e a plantação tão verdejante

Nasce confiante e interessante cresce o grão

Não tem neve, nem de leve, o clima é bom

Causa frisson, no chão marrom a água corre

Por valas escorre, no rio morre em mesmo tom

E o lindo som, no ouvido bom quer que retorne

Planta molhada, logo secada pelo calor

Vira vapor, a sobra da flor sai o que sobra

Divina obra, a planta dobra o seu valor

E o lavrador, colhe com amor e orando roga

Do fruto vem a semente e o que sente quem a plantou

Que a terra arou, dela cuidou e viu crescer

É lindo ver, o chão romper tudo encanta

E a mesma mão santa, cedo levanta e vai colher

Sensação grata, a mesa farta já presente

Tristeza ausente, é o que sente o trabalhador

O lavrador, que plantou com amor cada semente

E agora sorridente, sente seu doce sabor.

MZZ
Enviado por MZZ em 22/05/2007
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