A CHUVA E A SEMENTE
Chuva fina, repentina e refrescante
Incessante, de abundante inspiração
Molha o chão e a plantação tão verdejante
Nasce confiante e interessante cresce o grão
Não tem neve, nem de leve, o clima é bom
Causa frisson, no chão marrom a água corre
Por valas escorre, no rio morre em mesmo tom
E o lindo som, no ouvido bom quer que retorne
Planta molhada, logo secada pelo calor
Vira vapor, a sobra da flor sai o que sobra
Divina obra, a planta dobra o seu valor
E o lavrador, colhe com amor e orando roga
Do fruto vem a semente e o que sente quem a plantou
Que a terra arou, dela cuidou e viu crescer
É lindo ver, o chão romper tudo encanta
E a mesma mão santa, cedo levanta e vai colher
Sensação grata, a mesa farta já presente
Tristeza ausente, é o que sente o trabalhador
O lavrador, que plantou com amor cada semente
E agora sorridente, sente seu doce sabor.