Celebrando Bodas de Papel
Parece que foi ontem
Como o tempo passou
Feito um raio.
Só deu pra ver um clarão
No ocidente.
Dentro de mim ainda estar
Bem viva aquela cena.
Eu, sozinho e solitário
Ao pé do altar.
Atravessando pela última
E inesquecível espera.
Enquanto o olhar de todos
Estavam voltados para trás.
Rumo à entrada,
Fitos à porta principal.
De repente o silêncio toma conta
De todo aquele santuário.
Ouve-se uma linda marcha
Meu coração acelerava, saltitava
De tanta alegria.
Quando ecoou aos meus ouvidos
O primeiro tan, o segundo tan
Já no terceiro ouvia-se a união
Dos dois anteriores.
Pois já não andavam mais solitários
Até as notas musicais
Andavam juntas,
Estavam ambas de mãos dadas.
E eu ainda só, sozinho e solitário
Tentando enrolar meu sistema límbico
Para que o mesmo não acionasse
As glândulas lacrimais.
Levando-me a liberar as lágrimas
Que interiormente já havia produzido
Pois a emoção era forte demais.
De mãos dadas em meio
Aquela marcha nupcial
As notas se elevavam e ecoavam
O seu som um pouco ainda mais alto.
Agora não era simplesmte
Tan, tan e tan
O tan tantantan, tantantatan, tantantantan
Não sei ao certo nem quantos tan
Faziam parte daquela orquestra.
Pois o que menos importava
Naquele momento era quantidade dos tans.
Mas sim, o ta de Taciana
A princesa que veio diretamente do nordeste.
Sem quebrar o ritmo do tantantan
Veio surgindo Taciana.
Baixinha e delicada
Com sorriso que contagiava.
Toda linda e produzida.
Batom vermelho, tom forte.
Tipo pra dá aquele destaque.
Maquiagem bem torneada
Parecia que foi desenhada.
Obra de artista se quiser conhecer
Apresento-vos, obra de Ana Paula Imperial.
As pontas dos seus pincéis
Deixaram Taciana parecendo uma boneca.
Me sentia um príncipe se casando com a Barbie.
Taciana andando naquele tapete vermelho
Vindo ao meu encontro.
Eu parecia que iria flutuar.
Quando próximo ao altar
O seu pai emprestado
O amigo DrºMario Imperial.
Entregou-a em meus braços.
A partir daquele momento
Deixei de ser o Vagner solitário.
E hoje sem cair no esquecimento
Tenho motivos de sobra para comemorar.
Todos os presentes são bem-vindos
As bodas de papel de Taciana e Vagner.
Sim, papel é a bodas inicial
De todo novo casal.
Material de origem vegetal
Que é o mestre responsável
Para nos trazer lição de vida
Nessa longa caminhada de todo novo casal.
Papel seja ele qual for
Analisa por favor.
Papel seja ele de carta,
Papel toalha ou guardanapo
Papel parede ou de bala
Papel moeda ou A4.
Papel de seda ou crepom
Papel higiênico ou de pão.
Papel cason ou papelão.
Papel de presente ou cartolina
Todos sem nenhuma restrição
Nos dá uma aula da vida
E nos deixa uma grande lição.
Sim, nessa caminhada a dois
Não pode faltar a beleza dos papéis de cartas.
Palavras de carinho, palavras de amor
Nas horas menos esperadas.
O que falar do guardanapo e do papel toalha?
Tão nobre guardanapo nos ensina
A limpar nossa fala.
A podar nossas palavras.
A sermos mais educados.
Sem essa de burra, vaca, cavalo
Ou outro animal aqui não mencionado.
Casamento é feito de palavras refinadas
Por gentileza, por favor, por obséquio
E muito obrigado.
Papel de parede nos lembra foto
Paisagem, lindas imagens.
Então não perca tempo
Se prendendo aos maus momentos.
Saia, se divirta, registre,
Tire foto, eternize alegres momentos.
Pendure quadros, porta-retratos
Faça seu próprio papel de parede
Dê valor a pessoa que está ao seu lado.
Bodas de papel
Só se faz quando se têm
Um ano de casados.
Se depender de mim
Fundarei uma papelaria ao seu lado.
Quero celebrar contigo
Outros anos mais.