Nós... Sem nenhuma anterior vivência,
Antevia-te despida translúcida sereia,
Rebrilhando em límpida transparência



   
AZUL DEVANEIO DE LEMBRANÇA
 
No rutilante albor, da jovem existência,
Quanto querer em ser sábio;
Mas quanta inocência
Em meus devaneios encantados.
Ao abraçar-te e beijar teus lábios,
Tremia assim... desvairado;
A sós contigo ainda por um momento,
Parecia-me ver-te – tresloucado -
Num oceano, imersa profundamente!
O amor evola e açula o pensamento,
Na etérea fixação ao nosso ser amado;
Nós... Sem nenhuma anterior vivência,
Antevia-te despida translúcida sereia,
Rebrilhando em límpida transparência
Na Ilha Azul de praias e brancas areias...
Dois corações rompendo o peito,
Rostos febris em enrubescência,
Ao advir da quimera - abraçados ao leito...
Assomada visagem era tão minha querência,
No devaneio de tão ampla esperança.
Teus olhos abissais possuíam iridescência,
Conchas que o mar, as ondas na praia lança,
Mimos de terra e mar à tua tiara de cores:
Perfume que a brisa traz de todas as flores...
Os sonhos ganharam asas de lembrança,
Dos devaneios passados de uma Existência,
Navegados a distantes mares e estradas
Onde em segredo ficou na praia enterrada
Esta história sobre uma Fada Encantada!                          


Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 01/09/2014
Reeditado em 06/09/2014
Código do texto: T4944937
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