Escritos de José

Escritos de José

(Lembrança das Cinzas)

Eram mais que meros pesadelos,

Abriu os olhos no imenso escuro.

Não havia em si qualquer defesa,

Mas um temor incalculável e frio.

Pedia por alívio na mente insana,

Pois via além do próprio entender.

E já não estava mais seguro de si.

Ele já não estava no mesmo lugar.

- Quem toma minha consciência?

Ou faz sentir não querer mais viver?

Perdendo as memórias que tenho,

Causando absurdos sem perceber.

Existe algo dominando o passado,

Calmamente tentando me matar.

Abri os olhos, tudo eram só cinzas.

Abri... E era a cidade do Silêncio.

Por minha causa regressou o mal,

E nos olhos inocentes havia pavor.

Quem realmente eu sou? Quem?

E as palavras tornaram-se cinzas.

Oh Deus! Perdoe meus pecados!

Não quero arder nestas chamas.

Era eu, divergente de todos eles.

E não tinha um caminho de volta.

Quietamente eu vi cinzas caírem,

Já estava tudo abrasado em mim.

Ergueram-se todas as maldições,

... Também a contradição humana.

(...)

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 01/09/2014
Código do texto: T4944912
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