Escritos de José
Escritos de José
(Lembrança das Cinzas)
Eram mais que meros pesadelos,
Abriu os olhos no imenso escuro.
Não havia em si qualquer defesa,
Mas um temor incalculável e frio.
Pedia por alívio na mente insana,
Pois via além do próprio entender.
E já não estava mais seguro de si.
Ele já não estava no mesmo lugar.
- Quem toma minha consciência?
Ou faz sentir não querer mais viver?
Perdendo as memórias que tenho,
Causando absurdos sem perceber.
Existe algo dominando o passado,
Calmamente tentando me matar.
Abri os olhos, tudo eram só cinzas.
Abri... E era a cidade do Silêncio.
Por minha causa regressou o mal,
E nos olhos inocentes havia pavor.
Quem realmente eu sou? Quem?
E as palavras tornaram-se cinzas.
Oh Deus! Perdoe meus pecados!
Não quero arder nestas chamas.
Era eu, divergente de todos eles.
E não tinha um caminho de volta.
Quietamente eu vi cinzas caírem,
Já estava tudo abrasado em mim.
Ergueram-se todas as maldições,
... Também a contradição humana.
(...)