VENTO DA COR
O coração do negro bate em ritmo frenético do agogô
Dança no batuque do atabaque,
Samba no calor.
Exalta a felicidade na roda sem que a lembrança se apague
Grita sua dor em cantos matinais
Faz roda de coco evocando seus encentrais.
Oferenda aos deuses da natureza
Ofertando em grandeza,
Para seu espírito curar...
Faz imagem bonita, cultua Iemanjá.
Consola seu irmão
Que está perdido na emoção.
Exterioriza sua fé
No som do afoxé
Bate forte, bate firme
O banzo triste
Do passado distante
Sofrido, suado, torturado
História do seu Congado!
Viva ao negro, viva a alegria
Que trouxe essa magia
Que o vento soprou
Por todo meu país
A sua linda cor.
Anne Lima