Escritos de José

Escritos de José

(A Contradição Humana)

Eram todos como olhos famintos

Não podiam sequer fazer escolhas.

Outra densa noite escura que caía,

Sinos prediziam a chegada do mal.

Então todos os homens correram,

Luzes apagadas e sons do silêncio.

Assoprava medonho a última vela,

Apagava ali uma singela esperança.

As crianças foram todas silenciadas,

Lágrimas ensopavam pálidas faces.

Mas o que estava do lado de fora?

Nada além da contradição humana!

Em opressão, alguns não resistiram.

Convictos de existir alguma chance,

Morrendo, mas pegados a própria fé.

Era o inverno mais rigoroso – Inferno.

Nem aves no céu, ou mesmo um som.

Eu tinha apenas páginas em branco...

Tinha um lápis e muitas, muitas palavras.

(Ignorei até mesmo a estética do texto).

Minha visão fraca, perturbado mental.

Só sobrou eu...

Eu sou os restos da humanidade.

A lembrança de um dia antes de ontem,

A história do dia depois de amanhã.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 26/08/2014
Reeditado em 27/08/2014
Código do texto: T4938401
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