Raízes

Raízes

Quisera eu um dia ser goleiro

Apenas por gostar de jogar bola

Jogava inclusive na escola

Era o “passatempo” corriqueiro.

Nos fins de semana, jogava o dia inteiro,

De vez em quando, feridas resultavam em joelho que esfola,

Mas, não se interrompia o prazer de jogar bola,

Por um ferimento passageiro.

Raízes de tempos outrora distantes

Quando a escrita, mesmo florescida, não apaixonava,

Havia brincadeiras mais relevantes.

De outras coisas eu me ocupava

Mesmo que, muitas vezes, não fossem relevantes,

Aquela brincadeira me encantava.

Somente na juventude me senti atraído

Mesmo que, na infância tenha escrito a primeira poesia,

O verdadeiro contato com a maior fonte da harmonia

Só tenha na adolescência persistido.

Marcel 29-07-14

Raízes II

No entanto, de lá para cá, se passaram nove anos,

Cada um mais produtivo que o anterior

Hoje, já sou conhecido do leitor,

Mesmo que longe do público “mundano”.

Dois livros em que proclamo

Meu saber provindo de meu interior

Sábias palavras que transmitem meu calor

Um ofício do qual jamais reclamo.

Raízes em um mundo contemporâneo

Assuntos diversos e de agrado em geral

Sou do que escrevo conterrâneo.

Não busco enfoque especial

Apenas não me abster no “litorâneo”

Sem análise superficial.

Prefiro desenvolver o que penso bem a fundo

Jamais, no entanto, com objetivo de esgotá-lo,

Críticas e sugestões não irão prejudica-lo,

Não sou e não serei dono do mundo.

Marcel 29-07-14