poema afogado

há uma navalha cortando o rio

e um trilho sem as bagagens do trem

há um estanque desse alento

uma tortura mórbida, indefinida, à espreita (...]

surgem as ruínas nesse tormento

... um suicídio...

quase. Efêmero [fullgas]

Quime’ era dor... eu nunca senti

atravessou-me como um raio

serpenteou-me às coisas tão náufragas

“donde” parti sem ter me voltado.

margeio-me até esse encontro

ode ao rio e a sua fluidez

num silencioso jaz

torpe, assaz, como a espada

num trágico inominável:

as flores largadas nos trilhos do trem

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 30/06/2014
Código do texto: T4864433
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