INFINITO, FINITO
Em um dia de outono
Encontrei-te;
Em outro, de verão,
Chegaste com teu jeito diferente
E nos tornamos um só.
Tantos foram: outonos, primaveras
Verões e invernos
Que achei ser infinito;
Não sabia,
Que o “pra sempre,
Sempre, acaba.”
Não sei em que estação
Te perdi:
Se foi no trem que passou
E não o vi
Nem mesmo sei,
Se dentro dele estavas;
Nem mesmo sei,
Onde eu estava...
Pouco sei
Nada sei
Sei apenas que,
Qualquer que seja a estação
Ela não nos pertence mais
E, nem nós a ela.
Colhemos as flores primaveris,
Juntamos as folhas de outono,
Vivemos o calor veraneio,
Esquentamo-nos no inverno.
Amor, eterno amor,
Sigamos sós,
Em cada estação vindoura,
Mas que não sejamos infelizes....