INFINITO, FINITO

Em um dia de outono

Encontrei-te;

Em outro, de verão,

Chegaste com teu jeito diferente

E nos tornamos um só.

Tantos foram: outonos, primaveras

Verões e invernos

Que achei ser infinito;

Não sabia,

Que o “pra sempre,

Sempre, acaba.”

Não sei em que estação

Te perdi:

Se foi no trem que passou

E não o vi

Nem mesmo sei,

Se dentro dele estavas;

Nem mesmo sei,

Onde eu estava...

Pouco sei

Nada sei

Sei apenas que,

Qualquer que seja a estação

Ela não nos pertence mais

E, nem nós a ela.

Colhemos as flores primaveris,

Juntamos as folhas de outono,

Vivemos o calor veraneio,

Esquentamo-nos no inverno.

Amor, eterno amor,

Sigamos sós,

Em cada estação vindoura,

Mas que não sejamos infelizes....

LAUDICÉRIA VERARDO
Enviado por LAUDICÉRIA VERARDO em 25/06/2014
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