Lápis, um amigo
Lápis, um amigo
Lembro a primeira vez que você me chegou às mãos,
Sua cor negra, trazia magia e eu nem sabia tocá-lo,
Mas curiosa, aconcheguei-o entre os dedos,
E você deslizou tão macio sobre o papel, a rabiscá-lo.
Nesse momento surgiu em mim os rabiscos e depois as letrinhas.
Que sensação era nosso encontro, não mais existia folhas em branco.
Quando não mais cabia em minhas mãos, doía a separação,
Pois sabia que ia abandoná-lo e trocá-lo por outro.
Então, guardava-o em uma caixinha especial, tão pequeno;
Pra recordar nossos momentos de tarefas e emoção.
Assim um novo amigo a mim chegava e nesse elo de amizade e carinho,
A proporcionar-me esse dom despertado “o ato de escrever”.
Cris Menezes