Luar

O Luar esbatia-se em mim,

Iluminando toda a seara,

De chuva prateada sem fim,

Rasgando-se em Noite clara.

O Luar dos amantes,

À beirinha dos portos,

O apego do navegantes,

O beijo dos poetas mortos.

O Luar caiu em mim,

Guardado pelas Estrelas,

Fez-me seu Delfim,

Encantado por todas elas.

O Luar dos montes,

Corre pelos caminhos,

Trás formosura às fontes,

Banhando ainda os moinhos.

O Luar da minha infância,

Era tão belo ao meu olhar,

Interpelava-me à distância,

Comovia-se ao ouvir chorar.

Lx, 1-4-2004

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 30/05/2014
Código do texto: T4825964
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