POETA DO CERRADO
Sou do cerrado sul-matogrossense:
Um homem obstinado,
Que a tudo vence.
Sou lá do Areado,
Lá debaixo da Serra:
Dou um boi pra viver sossegado
E uma boiada pra não perder uma guerra!
Com meu pai aprendi a diferença que há
Entre o abraço de um leal amigo
E o de um “amigo tamanduá”.
Desde cedo, aprendi o valor do trabalho,
Quando pego uma empreita:
Não atraso, não falho,
Nem se estiver com “maleita”!
Quando menino lá do cerrado,
De cavalo bravo, eu era domador!
Vim pra cidade, após estudo acirrado,
Tornei-me poeta: escrevo versos de amor!