Outrora, eterna infância

Para: Cecília de Aguiar Soares e Jorge Herminio Soares. Meus avós tão amaveis. Eu sinto uma forte falta de voces, dói o coração as lembranças que guardo. Agradeço aos cuidados, amor, ao carinho e atenção que dando voces se dedicaram a mim, e que nao recebi do lado paterno.

Enquanto minha mãe trabalhava arduamente para me manter, vocês me protegiam (igualmente a minha irmã também) e amavam da forma mais linda. Eu sei que já fazem alguns anos, e são 8 anos de saudades!

Hoje, como a filha que aprendi a ser, eu cuido e ajudo a minha mãe. Agora só tenho ela e minha irmã, todos se foram. E ninguem mais se importa, talvez já como voces imaginassem que seria. Mas levanto minha cabeça aos céus, e agradeço ao pouco que tenho, ao que vivi e que o Grande Amor Universal, possa um dia, nos juntar novamente.

"Outrora, eterna infância

Como eu sinto saudade, de outrora, eterna infância!

Mãos sujas de terra,

sorriso coberto de cor

A vida vivida com jeito, com jeito do mais puro amor...

Sinto mais saudades ainda, dos avós que enterrei

serenos corpos sem vida

Uma vida que jamais larguei!

E depois fiquei só, escuro e sem brilho

eternas cores fugiram da minha boca ao céu

minhas lágrimas cobriram a terra

que alimentava minhas mãos pequenas!

Sinto saudades do fogo que queimava junho,

Fogueiras anúnciando festas, vestidos coloridos e rodados

Horas perdidas ao frio, agora quente, com nossas conversações amigáveis...

Mas como eu sinto saudades, de outrora, linda infância!

Me mancharam as mãos de esperança

Me cobriram o rosto com desejos, desejos de pra lá voltar!

Pois a vida era vivida com jeito, com jeito do mais puro amor..."

Pelegrini Amanda
Enviado por Pelegrini Amanda em 14/05/2014
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