Vila
Pobres casas nobres de bondades
Semblantes tristes contrastam com alegres corações.
Portas fechadas que se abrem com único toque,
Janelas semi-abertas espreitam a rua
Em vão, o clarão do neon ilumina a escuridão da noite
Apenas o barulho do asfalto quebra o silêncio da madrugada.
Este povo tem um Dom...
Trabalham, trabalham e trabalham.
De manhã, lotam caminhões aquecidos com o calor humano gelado.
À tarde
Voltam úmidos de suor seco
Cansados, sonham descansar
O ano termina e outro se inicia
Cheio de esperanças com o bolso vazio
Dia e noite, noite e dia – segue o ritual
Este povo tem um Dom:
Trabalhar.