Lembrança sua
Quando faço silêncio ao meu redor,
Geralmente nas noites sóbrias e sossegadas,
Nessas horas em que a mente fica vagando,
Afloram as antigas feridas rasgadas,
E personificadas na forma de calafrios,
Sorrateiramente sinto você em meu peito,
Uma lembrança vaga, distante, mas presente.
Vívida e cristalina como as águas puras,
A correrem livremente pelos córregos,
E inundarem os rios e oceanos latentes,
Um saudosismo que toma conta de mim,
Mesmo ignorando detalhes da sua face,
O tom suave de sua voz,
Ainda ecoa em meus pensamentos,
E remete-me ao passado por um ínfimo momento.