Realizador de Prodígios

Visionário. Realista. Perspicaz.

Vê possibilidades jamais findas, coloca-se entre o passado e o futuro não como uma ponte, estática, inerte; mas como um rio, que caudaloso e incontrolável, encontra seu destino através das adversidades.

Reconhece seu lugar, não aventura-se ao devaneio, como um débil. Mas como uma rocha, reconhece suas possibilidades e limites sem abalar. Contem se em seu espaço. Porém sempre o transformando, revitalizando-o. Sem hesitar, desprende-se de trivialidades, das coisas simplíssimas ou por demais complexas. Acha a vida simples. Tem objetivos, não os quer transviar.

É simples no que faz. Com inteireza e idoneidade realiza seus projetos. Levanta se pela madrugada e programa seu dia. Cada detalhe é inspirador e minuciosamente planejado. Usa sua vida para benfeitoria alheia, ajudando a quem que, por alguma desventura tropeçou em seu caminho. Ora. Pede a Deus ajuda àqueles que não pode socorrer.

É a mão do fraco, a alegria do triste, o consolo do desesperado, o amor do infeliz. Sorri com a criança, chora com o ancião. Alegra se no bem, e não torna-se infeliz e amargo na adversidade.

Encontrou em sua família amigos. Não vive só. Tem companhias inseparáveis.

Não importa se jamais ganhou na loteria. Se nunca achou uma moeda. Se viveu a vida nas agruras de uma doença. Pois não considera bens consumíveis sua riqueza, mas entesourou sabedoria, paz, amigos e boas dadivas.

Quando, no caminho da vida não mais estiver entre nós (todos temos nosso dia de adeus), não se dirá que milionário foi, ou grande líder. Diriam apenas que esteve entre nós, sentiu a vida a cada instante, foi e sempre será amado, e realizou o maior de todos os prodígios: Viveu o suficiente para jamais ser esquecido.