DIZER QUE TE AMEI
Sensações, como são difíceis de serem expressas...
O coração bate tresloucadamente, as mãos suam, nervos a flor da pele e aquela incerteza latente:ligar ou não ligar?
Já que não tenho coragem suficiente para enfrentar aqueles olhos negros, vou telefonar, a garantia da distância...
E se ele não lembrar de mim?
E se simplesmente me ignorar???
O que fazer...
Coração retumbando dentro do peito, ansiedade pura, pulsação como se tivesse acabado de correr uma maratona...
E então ela decide: vou ligar e seja o que Deus quiser!
Lembra da música tão atual: "EU PRECISO DIZER QUE TE AMO" e dos conselhos de seu terapeuta...
Levanta de sua mesa de trabalho, atrolhada de trabalho que destrincha com a maior facilidade e o medo se apodera dela...
Não vou desistir, hoje eu vou ligar...
Seus dedos tremulam ao digitar os números, intermináveis números que ela digita, durante os quais ela simplesmente não raciocina para não desistir.
Números discados, telefone chamando, toca uma, duas, três, ela já até está querendo desligar pensando: “viu, ele não atendeu, a culpa não foi minha”!
Ouve um alô do outro lado, daquela voz tão conhecida, jamais esquecida, apesar do tempo passado...Ele reconheceu sua voz também...
Ela tira uma forca que não sabia que possuía e começa a falar... Primeiro coisas triviais, “ como tu estás, e o trabalho, saúde?” e todo aquele papo educado que aprendemos a ter, como dizem os franceses “come il faut”...
Perguntas que vão, respostas que vêm, questões respondidas e o tempo passando e ela pensando: “ eu não vou conseguir dizer...”
Mas ela é uma mulher determinada, que aprendeu a lidar, através de muita terapia, isso é verdade, melhor com suas emoções e que acha extremamente injusto esconder seus sentimentos dos outros e de si própria...
Então menciona debilmente: “isto não têm nada a ver com você , eu é que preciso te dizer isso...”
Respira fundo e solta o verbo, com uma coragem que vem das entranhas: “tu não sabes como eu te amei naquela época...”
Ela nunca havia dito isso com todas as palavras o quando foi apaixonada por ele, quantas loucuras fez...
Na época o EU TE AMO simplesmente trancava na garganta... seria demodê, demonstracão de fraqueza, de fragilidade???
Apesar das atitudes que falaram por si, dos olhos terem falado mais de mil vezes, a boca era reprimida...
Não conseguiu dizer durante todos os momentos apaixonados e maravilhosos, vividos àquela época, essas palavras mágicas...
Na época ela ainda era uma menina-mulher, confusa, apaixonada... E achava que não dizendo isso, deixava de entregar o que já havia sido entregue desde o início: sua alma, seu coração e seu corpo...
Quanta bobagem... Só o tempo e a experiência a deixaram ver isso...
Vitória! Ela disse! Conseguiu! Está em paz com sua consciência. Disse a quem nunca havia dito que o havia amado muito, apesar de um atraso de dez anos... mas isso é detalhe!
Ela deixou de dizer na época, ele deixou de ouvir, será que mudaria algo?
Agora isso não interessa...
Ele pareceu um pouco perturbado e diz que ficou emocionado...Retribui com o velho jargão “eu também gostei muito de ti”...
Mas, ela não esqueceu quando na época, após terminarem, ele ter mencionado: "tu não sabes o quanto eu te amei..."
Ela jamais esquecerá essas palavras e só por elas já vale tudo que perdeu... ou será que ganhou???
Ela não acredita que cumpriu a missão que tinha estabelecido para si mesma, após tanto tempo passado ela disse que o havia amado! Então se despede: “um beijo para ti” e desliga.
Volta para sua sala, senta em sua mesa, em frente ao seu computador, como se nada tivesse acontecido!
Tudo parece igual, seus colegas sérios trabalhando, os processos se avolumando e ela tenta se concentrar...
Seus olhos enchem de lágrimas, ela havia vencido mais uma batalha!
Ela era uma mulher de verdade que não esconde o que sentiu, sente e sentirá! Cresceu e amadureceu!
Se parabeniza mentalmente e pensa: “a liberdade realmente é azul!”
Sensações, como são difíceis de serem expressas...
O coração bate tresloucadamente, as mãos suam, nervos a flor da pele e aquela incerteza latente:ligar ou não ligar?
Já que não tenho coragem suficiente para enfrentar aqueles olhos negros, vou telefonar, a garantia da distância...
E se ele não lembrar de mim?
E se simplesmente me ignorar???
O que fazer...
Coração retumbando dentro do peito, ansiedade pura, pulsação como se tivesse acabado de correr uma maratona...
E então ela decide: vou ligar e seja o que Deus quiser!
Lembra da música tão atual: "EU PRECISO DIZER QUE TE AMO" e dos conselhos de seu terapeuta...
Levanta de sua mesa de trabalho, atrolhada de trabalho que destrincha com a maior facilidade e o medo se apodera dela...
Não vou desistir, hoje eu vou ligar...
Seus dedos tremulam ao digitar os números, intermináveis números que ela digita, durante os quais ela simplesmente não raciocina para não desistir.
Números discados, telefone chamando, toca uma, duas, três, ela já até está querendo desligar pensando: “viu, ele não atendeu, a culpa não foi minha”!
Ouve um alô do outro lado, daquela voz tão conhecida, jamais esquecida, apesar do tempo passado...Ele reconheceu sua voz também...
Ela tira uma forca que não sabia que possuía e começa a falar... Primeiro coisas triviais, “ como tu estás, e o trabalho, saúde?” e todo aquele papo educado que aprendemos a ter, como dizem os franceses “come il faut”...
Perguntas que vão, respostas que vêm, questões respondidas e o tempo passando e ela pensando: “ eu não vou conseguir dizer...”
Mas ela é uma mulher determinada, que aprendeu a lidar, através de muita terapia, isso é verdade, melhor com suas emoções e que acha extremamente injusto esconder seus sentimentos dos outros e de si própria...
Então menciona debilmente: “isto não têm nada a ver com você , eu é que preciso te dizer isso...”
Respira fundo e solta o verbo, com uma coragem que vem das entranhas: “tu não sabes como eu te amei naquela época...”
Ela nunca havia dito isso com todas as palavras o quando foi apaixonada por ele, quantas loucuras fez...
Na época o EU TE AMO simplesmente trancava na garganta... seria demodê, demonstracão de fraqueza, de fragilidade???
Apesar das atitudes que falaram por si, dos olhos terem falado mais de mil vezes, a boca era reprimida...
Não conseguiu dizer durante todos os momentos apaixonados e maravilhosos, vividos àquela época, essas palavras mágicas...
Na época ela ainda era uma menina-mulher, confusa, apaixonada... E achava que não dizendo isso, deixava de entregar o que já havia sido entregue desde o início: sua alma, seu coração e seu corpo...
Quanta bobagem... Só o tempo e a experiência a deixaram ver isso...
Vitória! Ela disse! Conseguiu! Está em paz com sua consciência. Disse a quem nunca havia dito que o havia amado muito, apesar de um atraso de dez anos... mas isso é detalhe!
Ela deixou de dizer na época, ele deixou de ouvir, será que mudaria algo?
Agora isso não interessa...
Ele pareceu um pouco perturbado e diz que ficou emocionado...Retribui com o velho jargão “eu também gostei muito de ti”...
Mas, ela não esqueceu quando na época, após terminarem, ele ter mencionado: "tu não sabes o quanto eu te amei..."
Ela jamais esquecerá essas palavras e só por elas já vale tudo que perdeu... ou será que ganhou???
Ela não acredita que cumpriu a missão que tinha estabelecido para si mesma, após tanto tempo passado ela disse que o havia amado! Então se despede: “um beijo para ti” e desliga.
Volta para sua sala, senta em sua mesa, em frente ao seu computador, como se nada tivesse acontecido!
Tudo parece igual, seus colegas sérios trabalhando, os processos se avolumando e ela tenta se concentrar...
Seus olhos enchem de lágrimas, ela havia vencido mais uma batalha!
Ela era uma mulher de verdade que não esconde o que sentiu, sente e sentirá! Cresceu e amadureceu!
Se parabeniza mentalmente e pensa: “a liberdade realmente é azul!”