TUDO E NADA

Olhos de mel marinados em dor

Acercam vaga-lumes no leito frio

Vagueiam perdidos de flor em flor

Mezanino solitário, pena e lamparina sem pavio

Meio acesa, meio à luz, meio ao sol

Zumbidos visíveis ressoam num grito

Sacro caminho, estreito lençol

Angústia, suor e amor finito.

Largos passos

Mendaz resposta

Voraz aceite

Menina à porta.

Seres cálidos

Homem quente

Mulher nua, pura lua

Amor ausente, mente.

Ancelma Bernardos
Enviado por Ancelma Bernardos em 24/02/2014
Reeditado em 24/02/2014
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