"Tegumento"
-São todas as coisas inocentes,
Aquelas que barulham
Nos instintos primitivos dos seres de luz.
'-Coisas inocentes?'... você questiona
Eu digo que não importa a culpa,
Não tentemos assimilar o ininteligível
Para as razões humanas.
Mas você me beija tão sofregamente
Que eu soluço sem parar...
Não acho romântico beijos sôfregos
Você sorri e me deixa na mão
Nem ousa falar teu nome.
'-São sim!'... Você afirma
Coisas inocentes são tão burras
É impossível essa inocência
Em dias nada divinos
Em dias tão insossos...
Aí lembro que estou sem cigarros
Preciso me apressar...
(2006)