"Tegumento"

-São todas as coisas inocentes,

Aquelas que barulham

Nos instintos primitivos dos seres de luz.

'-Coisas inocentes?'... você questiona

Eu digo que não importa a culpa,

Não tentemos assimilar o ininteligível

Para as razões humanas.

Mas você me beija tão sofregamente

Que eu soluço sem parar...

Não acho romântico beijos sôfregos

Você sorri e me deixa na mão

Nem ousa falar teu nome.

'-São sim!'... Você afirma

Coisas inocentes são tão burras

É impossível essa inocência

Em dias nada divinos

Em dias tão insossos...

Aí lembro que estou sem cigarros

Preciso me apressar...

(2006)

Gilvan Irineu
Enviado por Gilvan Irineu em 17/02/2014
Reeditado em 22/02/2014
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