MINHA RAINHA

Tô emocionado com a cena de Maneco, um musical

Um Filho se dirigiu ao Pai com seu instrumento

e o Pai se dirigiu ao Filho de forma igual

Choraram os dois sem nenhum constrangimento

Eu e Mamãe também por muitos anos vivemos o mesmo

Ritual

Ela emendando tecido para formar a roupa

Eu pedalando a Singer e mamãe na garupa

E quem dera fosse hoje um encontro pela modelagem

Mas parece que falta coragem

Ou quem sabe por parte Dela falte hospedagem

Não importa. Pra quê esgotar todas as formas de amor

se entre Mãe e Filho não falta o exato calor? Expresso assim meu louvor:

Me lembro de uma menina morena e descalça a rodar num terreiro

Me lembro de uma jovem senhora corajosa

Meio atrevida, muito ousada, bastante guerreira

Com menos de 14 anos já era costureira

Eu te amo mulher parideira

Me deu meia dúzia de irmãos, mas o caçula é dos covardes

Foi embora rapidinho pelos ares

Sacana

A mim ele não engana, não era teu Benedita

Pertencia a outra Cigana

Se eu fosse meu irmão Maneco teria vergonha de perder a vida no

Reino da Rainha Biné, mãe minha e de quem quer...

Paulo Furtado
Enviado por Paulo Furtado em 12/02/2014
Reeditado em 23/02/2014
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