Saudade constante
Ao sentir tua presença, resgato,
O gosto e o aroma do mato
Onde há tanto tempo corríamos juntas,
Na infância querida e amada,
Por uma mãe tão dedicada,
Estávamos sempre a zelar.
O afeto nos consumia,
Seja de noite ou em pleno dia,
Felizes éramos com a singeleza,
De toda a nossa proeza
A infância nos consumia
Ao mundo querer desbravar.
Os dias eram felizes,
Com sua companhia sincera,
O elo que nos unia,
Era um amor fraternal,
Que como um vendaval,
Levou-a de mim de repente.
A dor em mim fez morada
Como seguir a nova estrada?
Sem tua presença constante?
Que me fez tão confiante?
Aos céus, comecei a clamar!
Findou-se então em meu peito,
Um consenso sem igual,
De mim não mais saía,
Esse apego fraternal,
E a ti lembrava distante,
Mas com o coração radiante,
De um dia poder te encontrar!