Um tempo de Natal
O tempo cura as feridas e amadurece a fruta
Faz romperem os botões e desabrochar vida
Traz neve à cabeça e água à semente bruta
Expulsa do ventre a amargura assaz contida
Deposita no relicário lindas noites iluminadas
O trenó rubro rasgando as estrelas reluzentes
Puxado pela junta de intrépidas renas velozes
Deixando enorme rastro de fagulhas coloridas
Tal como um espetáculo de magia envolvente
Estava eu naquela véspera atento na varanda
Com o olhar no céu dividindo com o cipreste
O puro branco do algodão e negritude do céu
Uma combinação perfeita retirada do agreste
Contraste recriado para trazer o Papai Noel
Eu desejava tanto que chegasse o momento
Na velha capela repleta das pessoas amigas
A espera paciente do primeiro canto do galo
Era o Santo Menino Deus rompendo a nascer
A esperança transparente era tão contagiante
Sonhar um mundo distinto em novo amanhecer
Voltei ansioso pra minha casa e corri à janela
Lá estava a meia com o meu presente de natal
Eu então vibrava de felicidade e rodeava a mesa
Tortas, panetones, castanhas, o peru tradicional
Eram emocionantes aqueles abraços carinhosos
Como era lindo! As coloridas luzes do comércio
Casas e fachadas enfeitadas, guirlanda no portal
O tempo implacável ainda conserva esse clima
Mas uma situação injusta ele ainda não ajeitou
Pobres crianças, sem teto, comida e sem Natal.
< A todos vocês que me deram o prazer da companhia,
meus sinceros votos de Feliz e Santo Natal!
Muito obrigado pela presença carinhosa, aquele Abraço!
Visitarei a cada um. Deus vos abençoe e inspire mais e mais! >