Texto para Cirando do mesmo tema.
O VENTO
Nadir A. D’Onofrio
Ouvindo o vento sibilar
Vem em minha mente a lembrança,
De uma época, triste vivida
O mar bravio, envolto em brumas...
Um frio cortante, intenso
Falésias, que eu não via o fim,
Casarão branco com sótão,
Janelas verdes, enorme, varanda...
O dim–dom do carrilhão
Cadenciado, hipnotizador...
Alienada de tudo,
Só ouço do mar o rumor...
Dia após dia, mês após mês!
Nada muda o lúgubre cenário,
O cérebro já cansando,
Corpo, debilitado...
Perdi a noção do tempo!
Sei que agora é verão...
Vejo aves chegando, acasalando!
Novas vidas começando...
Da beira do penhasco,
Avisto a enorme galera...
Coração disparando,
E ele... regressando!
Reúno minhas forças,
Corro... para enfeitar-me.
Como fênix, que das cinzas renasceu,
Trajei-me com a roupa que ele deu...
Já não sinto mais cansaço
É como se os anos, não tivessem passado
Sou a mesma menina, lépida, faceira,
Que outrora a cantar, feliz vivia...
.
Mas o pesadelo, só havia começado
Medalhas, insígnias, espada,
Quepe e minha fotografia...
Foi tudo... o que do meu capitão restou!
22/05/2004
Santos/ SP
Brasil
Respeite Direitos Autorais.
O VENTO
Nadir A. D’Onofrio
Ouvindo o vento sibilar
Vem em minha mente a lembrança,
De uma época, triste vivida
O mar bravio, envolto em brumas...
Um frio cortante, intenso
Falésias, que eu não via o fim,
Casarão branco com sótão,
Janelas verdes, enorme, varanda...
O dim–dom do carrilhão
Cadenciado, hipnotizador...
Alienada de tudo,
Só ouço do mar o rumor...
Dia após dia, mês após mês!
Nada muda o lúgubre cenário,
O cérebro já cansando,
Corpo, debilitado...
Perdi a noção do tempo!
Sei que agora é verão...
Vejo aves chegando, acasalando!
Novas vidas começando...
Da beira do penhasco,
Avisto a enorme galera...
Coração disparando,
E ele... regressando!
Reúno minhas forças,
Corro... para enfeitar-me.
Como fênix, que das cinzas renasceu,
Trajei-me com a roupa que ele deu...
Já não sinto mais cansaço
É como se os anos, não tivessem passado
Sou a mesma menina, lépida, faceira,
Que outrora a cantar, feliz vivia...
.
Mas o pesadelo, só havia começado
Medalhas, insígnias, espada,
Quepe e minha fotografia...
Foi tudo... o que do meu capitão restou!
22/05/2004
Santos/ SP
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