A MOCIDADE PERDIDA.

 

 

 

 

Nos meus lábios um sorriso desfolhado ,a sonhar sonhos delirantes,
Que belos e suaves vai dando sentido a minha vida por instantes,
Embora seja breve lembrança de outrora, ,sem disfarce ,nebulosa,
O ouro do sol lá fora se esparrama,me mostra quão ela é dadivosa!

 

 

As vezes fico brava, sem esperanças ,só  vendo o tempo voar derrepente,
Noutras,dou-lhes asas,e minha alma agita-se,subindo um batente,
É outono, e os pássaros entoando canções com alarde  ao cair da tarde,
Pelo jardim do meu coração, ouso cantar amor que mesmo ferido, arde.

 

 

Posso até andar em prantos,como se fosse atriz de uma sofrida novela,
Ou uma inocente menina, meiga, querendo pintar os dias como aquarela,
Tentando fluir do meu peito aquela suave luz que trás alegria e cura,
Embebendo meu ser em perfume ,a florir-se de encanto e ternura.

 

 

Resurgir  um bela manha que pela janela adentra e inumda o ambiente,
Com ênfase acarinhar o mundo, da face ao recondito de toda  mente,
Como se  fosse pedacinhos,recortes ou retalhos de outras tantas vidas,
Sentindo gratidão,esquecendo a mocidade perdida, fantasmas e  feridas!

 

DOCE VAL/
SALVADOR.30/11
/2013
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