Porque

Porque há apenas o prato de costume,

Porque já não suportam

As segundas, os primeiro de cada mês

E os Janeiros

Em que há que começar a vida

Ao lado das coisas

Com seus nomes tristes

E os domingos cheios

De alegrias e encantos.

E porque na escola

Sentavam por costume

Os meus amigos pobres

No último banco ?

Porque, por êles

Está a tarde, sem igrejas

Repicando os sinos ?

Porque os hei visto.

Os amo . . .

E começa a chover

Enquanto escrevo.

2007/04/21