Confissão

Já escrevi na areia.

O mar leu e levou...

Eu me confesso agora.

Era noite escura,

eu bem sei o que escrevi,

meus olhos não leram,

minha alma gravou...

A você, eu conto agora,

o que o mar leu e apagou:

Era uma lágrima ferida,

destas ciladas da vida,

que a areia bondosa e sentida,

resolveu dar guarida...

Acolheu o sal da água noturna,

abraçou minha lágrima soturna,

e o mar dos meus olhos

se encheu...!

Já escrevi na areia.