A CASA QUE VIROU REFÉM...

O sol adentrava na sala,
Refletia no assoalho amarelado,
Nos quartos cantinho reservado,
Os bichos de pelúcia,
O computador,
Intercâmbio com o resto do mundo.

As paredes amarelas,
Na varanda acendia o cigarro,
Olhava a rua calma, silênciosa,
Olhando para o morro os pirilampos,
Centenas deles acendiam,,,
Era festa noturna no campo.

Uma casa comum e feliz...
Alguns eventos ali foram registrados,
Ela sabia quando Juliana Saía,
E sabia dos seus segredos,
Suas lutas e seus contratempos.

Ali naquele quarto menor,
As paredes presenciaram a cena,
Várias noites pouco serenas,
Chorou tanto,
as paredes com pena
enxugavam seu pranto,

No dia da mudança
 Juliana 
Voltou para ver se havia esquecido
Alguma coisa de valor...
Quando entrou naquele quarto,
Lá fora chovia....
E lá dentro uma goteira nova,
No meio do quarto,
Em cima do lugar da cama
Onde juliana teve suas noites
De tristezas e angústias;
A casa chorava em seu lugar,
Com as lágrimas que retidas
durante dois meses...
Ela chorou pois naquela casa
Deixou todas as amarguras,
E seguiu seu caminho
Deixando para trás uma história
E os segredos revelados,
Nos dias de hoje todos
Consagrados...

E a casa...
Se alguém no meio da noite
Escutar alguém chorando,
Não foi de um morto,
Foi a vida de alguém que a casa 
Absorveu tão bem...
Chamem o padre...
E rezem mil ave marias,
no final digam AMÉM...
A casa virou refém
do sofrimento de alguém...





 
isis inanna
Enviado por isis inanna em 18/11/2013
Reeditado em 18/11/2013
Código do texto: T4576225
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