Ednelsom (em memoria de 1989)
Muitas vezes me pego pensando na vida.
Pensando em minhas ideias e coisas já acontecidas;
Filosofando meu querer meu saber meu ser.
Contribuindo para a existência do meu ser seu
E numa dessas paradas pensativas, descobri que:
Quanto menos amigos se têm, mais amigo se perde;
Quanto mais longe se vive mais perto de ti estás
E quanto menos se odeia, é mais que se ama.
Ontem morreu alguém aqui
Não muito perto de mim, que me agradava;
Levou a mulher à maternidade
E por uma casualidade foi assassinado.
E no parque dos falecidos eu me emocionei
Ao ver onde foi enterrado aquele rapaz
E no ruflar de meus sentimentos eu lembrei
De o que fazemos quando morrem os animais
Pois iguais somos tratados por esta podre sociedade
Que aliais, também tem culpa, dessa atrocidade.
Agora o que posso fazer além de lutar?
Mas lutar pra quê, se ninguém quer marchar
Ontem eu era pequeno não sabia o que era viver
Agora que estou crescido tenho muito o que aprender
Essa é a realidade de cada desigual
Aqui cada um tem o seu Juízo final
Quem sabe o meu não será assim igual?
Ubiratã Pinto