(((((( UM OUVINTE SERESTEIRO ))))))

QUE SAUDADE

DAS MADRUGADAS,

COM SERESTAS ENCANTADAS,

ONDE AO SOM DE UM VIOLÃO,

NUMA NOITE ENLUARADA,

UM APAIXONADO

CANTAVA COM ARDOR,

UMA LINDA CANÇÃO DE AMOR.

NO SILÊNCIO DA NOITE,

A PONTEAR SEUS ACORDES,

UM JOVEM ENAMORADO,

CANTAVA E RECITAVA,

ENQUANTO A AMADA,

DO SEU QUARTO ESCUTAVA,

A CANÇÃO E A POESIA

QUE MAIS GOSTAVA.

DEDICADO POR INTEIRO,

O JOVEM SERESTEIRO,

EXECUTAVA PRIMEIRO A CANÇÃO,

QUE AMBOS GOSTAVAM DE OUVIR.

ERA UMA FORMA DE AGIR,

PARA A MULHER,

DOS SEUS SONHOS SEDUZIR.

A BEIRA DA CALÇADA,

DE FRENTE A CASA DELA,

UMA VOZ E UM VIOLÃO,

UNIDOS PELA CANÇÃO,

DETERMINAVA O TOM DA MELODIA,

QUE EM EMOÇÃO EXPLODIA.

O CONCERTO MELODIOSO

EXECUTADO NO SERENO DA MADRUGADA,

ERA PARA O JOVEM RAPAZ,

PROVA DE AMOR,

NUMA DEMONSTRAÇÃO,

DE QUE ERA CAPAZ,

DE IR MUITO ALÉM,

PELA MULHER,

QUE ELE QUERIA BEM.

ASSIM COMO O AMOR,

PERDEU SEU VALOR,

SÓ A SAUDADE E O QUE RESTA,

DAS BELAS NOITES DE SERESTAS.

ERA EU, UM OUVINTE,

QUE ME DELEITAVA,

COM AS MUSICAS QUE ESCUTAVA,

ONDE A JOVEM GUARDA PREDOMINAVA,

E OS GRANDES BOLEROS NÃO FALTAVAM.

EM MIM,

O TEMPO NÃO APAGOU,

A RECORDAÇÃO QUE FICOU.

NA MADRUGADA,

JÁ NÃO ESCUTO A SERESTA,

NEM A TRADUÇÃO DE UMA CANÇÃO,

SÓ O ESTAMPIDO DE UMA ARMA,

QUE ME PÕE MEDO AO CORAÇÃO.

IVANILDO NUNES COELHO

26/02/2013

21:10 Hs.

Ivanildonunes
Enviado por Ivanildonunes em 20/10/2013
Reeditado em 20/10/2013
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