REMINISCÊNCIA
DE QUANDO EM VEZ O AMOR PASSADO VOLTA,
RESSOANDO NA ANGÚSTIA COMO CORDA DE LEVE TANGIDA:
NO RIGOR DA CHUVA É O HIATO DO ESTIO,
O SOL REVERBERANDO-SE NAS GOTAS PENDENTES NOS GALHOS...
É O PERFUME SUTÍL DA PRIMEIRA ROSA DESABROCHADA,
QUE OCULTA ENTRE AS FOLHAS SE FAZ NOTAR,
SEM CONTUDO MOSTRAR-SE.
É MÚSICA DISTANTE PENETRANDO O OUVIDO,
IMPONDO-SE AOS OUTROS SONS VÁRIOS,
ENVOLVENDO O PENSAMENTO NA SUA MAGIA...
É METEÓRO FUGÁZ DESPRENDIDO DO FIRMAMENTO,
QUE É POR UM INSTANTE, A MAIS VIVA ESTRELA NO CEÚ...
É FOLHA QUE TOMBA E DESPERTA O LAGO, E O FAZ FREMIR...
É A DOCE E MISERCORDIOSA RECORDAÇÃO
TECENDO A TÊNUE TEIA,
ONDE A SAUDADE ANSEIA APRISIONAR O IMPONDERÁVEL.