O cavalinho de Cana
Pequenino e ladino
Na quinta de seu Avô brincava
Em seu cavalinho de cana
Que tão bem manobrava
Na beira da Ribeira cavalgava
Num trote apressado
Em seu porte Altivo
E no seu Gingar engraçado
Qual cavaleiro experiente
Na sua montada seguia
A cada toque da Vergasta
Que tinha como seu guia
O trilho era agreste
E de tamanho estreito
A qualquer momento
Tudo seria desfeito
Caindo da sua berma
Seu coração ficou apertado
Um desespero atroz
Talvez tudo estivesse acabado
Não quis Deus assim
No arrastar da corrente
Não teria o seu fim
Naquele dia diferente
Algo pequeno e forte
Da terra emergia
Onde se agarrou à vida
Determinando aquele dia
Não fosse aquela erva pequena
E pelo canal seguia
Após passar as comportas
E nada mais dele se saberia
Saindo daquela aflição
Num desconcerto evidente
Tal era o contentamento
De criança reluzente
Tudo não passou de um susto
Que naquele dia surgiu
Tudo acabou em bem
Assim o destino decidiu