O cavalinho de Cana

Pequenino e ladino

Na quinta de seu Avô brincava

Em seu cavalinho de cana

Que tão bem manobrava

Na beira da Ribeira cavalgava

Num trote apressado

Em seu porte Altivo

E no seu Gingar engraçado

Qual cavaleiro experiente

Na sua montada seguia

A cada toque da Vergasta

Que tinha como seu guia

O trilho era agreste

E de tamanho estreito

A qualquer momento

Tudo seria desfeito

Caindo da sua berma

Seu coração ficou apertado

Um desespero atroz

Talvez tudo estivesse acabado

Não quis Deus assim

No arrastar da corrente

Não teria o seu fim

Naquele dia diferente

Algo pequeno e forte

Da terra emergia

Onde se agarrou à vida

Determinando aquele dia

Não fosse aquela erva pequena

E pelo canal seguia

Após passar as comportas

E nada mais dele se saberia

Saindo daquela aflição

Num desconcerto evidente

Tal era o contentamento

De criança reluzente

Tudo não passou de um susto

Que naquele dia surgiu

Tudo acabou em bem

Assim o destino decidiu

Kapricio
Enviado por Kapricio em 09/09/2013
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